4 Dicas de solda MIG sem gás para iniciantes hobistas
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4 Dicas de solda MIG sem gás para iniciantes hobistas


Autor: Isaias Malta
Compartilho umas pequenas experiências resultantes das minhas primeiras incursões no uso de uma máquina MIG sem gás V8 Brasil 150BR. E acreditem, não há coisa melhor para o hobista do que a opção sem gás, eu nem me imagino me movimentando com aqueles cilindros gigantescos. Aliás, fiz um pequeno cálculo de quanto custaria toda a parafernália MIG/MAG tradicional e a coisa alcançou cifras bem além do que concebo gastar: a bruxaria toda alcança facilmente os 7.500 reais! Por isso, estou contente com a minha pequena 150BR de R$ 800 e quebrando um monte de galhos.

Seja obsessivo/compulsivo com o cabo negativo
(Acredite, seja mais obsessivo do que você está pensando, já que o perfeito funcionamento do terminal negativo é determinante do sucesso ou fracasso da soldagem!)
O diâmetro do cabo, o tipo de garra (deve ser feita necessariamente de material não ferroso condutor) e principalmente onde ela é presa faz toda a diferença. Quando você retira a garra e nota umas chamuscas pretas tanto na garra, quanto na superfície da peça, significa que houve formação de arco voltaico parasita que drenou parte da força do arco principal.
Portanto, prenda muito bem as peças a serem soldadas e certifique-se de que a superfície de engate da garra esteja limpa de pintura, ferrugem e sujeira. Aquele  esquema dos velhos soldadores de jogar um gancho todo engrumado à guisa de garra negativa em qualquer canto e se jogar a soldar não funciona com MIG, aliás, não funciona (bem) em nenhum tipo de solda!

NOTA: não use de jeito nenhum a garra negativa original que vem com a máquina, aquilo lá é puro lixo, assim como o tal de escudo de plástico e a escova de aço que se desmancha no primeiro uso. A garra original é feita de material ferroso, portanto, mau condutor de eletricidade. Vá no comércio e compre uma garra decente feita em bronze por 15 pilas.

Não economize líquido anti-respingo
Nem desperdice o líquido anti-respingo na superfície a ser soldada, contudo, passe sempre, eu falei sempre, na tocha antes de cada solda. Portanto, não economize o anti-respingo na tocha para não se quebrar no item abaixo.

Mantenha a tocha sempre limpa
A qualidade do arco vai caindo a medida que a escória vai aderindo à tocha. Então, o motivo da dica anterior é que o líquido anti-respingo facilita a remoção das aderências. Se você não fizer esta manutenção constante, as impurezas poderão se incrustar com o tempo tanto no bico de contato da tocha, quanto no bocal. E a consequência mais grave das incrustações é que o orifício do bico pode se obstruir, interrompendo assim o fluxo do arame. O difusor, a peça abaixo do bico de contato, tem 3 furinhos que também devem ser mantidos desobstruídos.
Por isso, na minha caixa de solda coloquei obrigatoriamente um rolo de papel higiênico, uma espátula estreita e uma agulha grossa para limpar os furinhos do difusor. Uso o próprio anti-respingo para esfregar o difusor, bico e bocal. Para limpar o interior do bocal, faça uma buchinha de papel higiênico embebida de anti-respingo e gire com o auxílio da espátula até desincrustar a carbonização.

Tenha em mente que o rendimento da máquina decai na medida em que o transformador esquenta
Está certo, você pagou 800 pilas na sua maquinha e acha que vai sair soldando como profissional? Errado! Os 800 pilas, ao invés dos 5.000, fazem diferença no tocante ao ciclo de trabalho. Com as soldadoras profissionais você pode ficar soldando 24 horas por dia sem cair o rendimento, ao contrário das máquinas hobby, que em poucos minutos as coisas já começam a mudar de figura. Além disso, se você se apaixonar em querer fazer um cordão de solda comprido, além de elevar a temperatura do transformador, vai acabar derretendo a ponta da tocha. Saiba que essas tochas fixas de cabo curto de 1,5 metros que acompanham as soldadoras MIG sem gás são extremamente frágeis para condições mais severas de uso.
Portanto, dê intervalos intermitentes entre as soldas, para limpar o ponto de contato da garra, para limpar a tocha. Uma coisa que todo o candidato a soldador aprende é que ele perde mais tempo preparando máquina e peças a serem soldadas, do que propriamente soldando.



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