Ferramentas
Autor: Isaias Malta
É importante que o candidato a usuário de uma máquina de solda entenda um pouco sobre as tecnologias empregadas nesses equipamentos, para além de comprar uma dentro do seu orçamento, leve para casa uma ferramenta que atenda realmente às suas necessidades. Para responder "afinal, qual é a melhor?", que é a ânsia que todos têm, só acompanhado o texto até o final para se ver que a coisa não é tão simples assim.
Máquina Transformadora – saída em corrente alternada AC
Reduz a tensão de entrada da rede elétrica através de um transformador isolador com um enrolamento primário e um secundário acoplados magneticamente. O valor de corrente no secundário em máquinas de eletrodo revestido é determinado pela movimentação do núcleo móvel do transformador, função desempenhada pela clássica manivelinha. Em máquinas MIG, o secundário contém várias derivações, de diferentes tensões/correntes, que são conectadas a uma chave seletora.
Vantagens: circuito extremamente simples, robusto e pouco vulnerável a defeitos. São as máquinas mais baratas.
Desvantagens: são maquinas pesadas e volumosas. O fato da saída em AC faz com que o arco apague cada vez que a onda senoidal passa pelo valor zero. Isto gera uma instabilidade do arco voltaico e aumenta a produção de respingos e escória, devido ao movimento de vai-e-vem dos elétrons sobre a poça de fusão.
Máquina Retificadora – saída em corrente contínua
Você pega uma máquina transformadora e retifica a onda senoidal através de pontes de diodos retificadores e um transformador de choque, cuja função é suavizar a forma pulsada da onda de saída.
Algumas máquinas, com circuito mais sofisticado, acrescentam um banco de capacitores para conferir mais linearidade a onda de saída. No caso da máquina do circuito abaixo, a retificação de AC é feito através de SCR’s, ou seja, semicondutores retificadores mais efetivos e caros em relação às pontes de diodos.
Vantagens: além de preservar a robustez e simplicidade das máquinas transformadoras, gera na saída uma fonte muito mais utilizável para todos os tipos de solda, pois a corrente contínua empurra os elétrons sempre na mesma direção, proporcionando um arco mais estável, concentrado e com significativa diminuição de respingos e escória.
Desvantagens: igualmente às máquinas transformadoras, a presença do transformador implica em maior peso e tamanho. O custo das retificadoras aumenta expressivamente.
Máquina Inversora
Pelo diagrama se percebe que a tensão de entrada é retificada imediatamente na entrada, sem rebaixamento por transformador. Tal esquema implica em uma circuiteria muito mais complexa que exige fonte chaveada, circuitos controladores, centelhadores eletrônicos, trabalho com alta frequência, etc.
Vantagens: redução absurda de tamanho e peso, uma máquina dessas pode ser usada a tiracolo, o que confere uma enorme portabilidade.
Desvantagens: devido ao alto grau de complexidade dos circuitos, é uma máquina extremamente vulnerável a defeitos nos componentes eletrônicos, principalmente nos equipamentos de baixo custo “marca-diabo” vendidos massivamente por aí. Uma máquina que custa 1/3 do preço das similares de boa qualidade, não poderia necessariamente apresentar a mesma taxa de defeitos das mais custosas.
CONCLUSÃO: quem conhece profundamente as tecnologias envolvidas não pode simplesmente dizer que tal ou qual é melhor e ponto final. Alguns incautos até podem afirmar que as inversoras são tudo de bom, mas a taxa de defeitos apresentadas por esses equipamentos não são nada animadoras. Por outro lado, também pode-se afirmar que as máquinas transformadores nem deveriam existir, o que é uma rotunda mentira, pois para várias aplicações elas desempenham o melhor papel.
Então, pode-se concluir que a solução seria escolher logo uma retificadora. Porém, quando se pensa que uma máquina MIG transformadora sem gás de 130 amperes custa aproximadamente 700 reais e a sua congênere retificadora custa ao redor de 2.000 reais, acabamos concluindo que uma maquininha transformadora pode quebrar os nossos galhos perfeitamente!
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Ferramentas
Quais são as diferenças entre as tecnologias de solda transformadora, inversora e retificadora? E qual é a melhor?
Autor: Isaias Malta
É importante que o candidato a usuário de uma máquina de solda entenda um pouco sobre as tecnologias empregadas nesses equipamentos, para além de comprar uma dentro do seu orçamento, leve para casa uma ferramenta que atenda realmente às suas necessidades. Para responder "afinal, qual é a melhor?", que é a ânsia que todos têm, só acompanhado o texto até o final para se ver que a coisa não é tão simples assim.
Máquina Transformadora – saída em corrente alternada AC
Vantagens: circuito extremamente simples, robusto e pouco vulnerável a defeitos. São as máquinas mais baratas.
Desvantagens: são maquinas pesadas e volumosas. O fato da saída em AC faz com que o arco apague cada vez que a onda senoidal passa pelo valor zero. Isto gera uma instabilidade do arco voltaico e aumenta a produção de respingos e escória, devido ao movimento de vai-e-vem dos elétrons sobre a poça de fusão.
Máquina Retificadora – saída em corrente contínua
Algumas máquinas, com circuito mais sofisticado, acrescentam um banco de capacitores para conferir mais linearidade a onda de saída. No caso da máquina do circuito abaixo, a retificação de AC é feito através de SCR’s, ou seja, semicondutores retificadores mais efetivos e caros em relação às pontes de diodos.
Vantagens: além de preservar a robustez e simplicidade das máquinas transformadoras, gera na saída uma fonte muito mais utilizável para todos os tipos de solda, pois a corrente contínua empurra os elétrons sempre na mesma direção, proporcionando um arco mais estável, concentrado e com significativa diminuição de respingos e escória.
Desvantagens: igualmente às máquinas transformadoras, a presença do transformador implica em maior peso e tamanho. O custo das retificadoras aumenta expressivamente.
Máquina Inversora
Vantagens: redução absurda de tamanho e peso, uma máquina dessas pode ser usada a tiracolo, o que confere uma enorme portabilidade.
Desvantagens: devido ao alto grau de complexidade dos circuitos, é uma máquina extremamente vulnerável a defeitos nos componentes eletrônicos, principalmente nos equipamentos de baixo custo “marca-diabo” vendidos massivamente por aí. Uma máquina que custa 1/3 do preço das similares de boa qualidade, não poderia necessariamente apresentar a mesma taxa de defeitos das mais custosas.
CONCLUSÃO: quem conhece profundamente as tecnologias envolvidas não pode simplesmente dizer que tal ou qual é melhor e ponto final. Alguns incautos até podem afirmar que as inversoras são tudo de bom, mas a taxa de defeitos apresentadas por esses equipamentos não são nada animadoras. Por outro lado, também pode-se afirmar que as máquinas transformadores nem deveriam existir, o que é uma rotunda mentira, pois para várias aplicações elas desempenham o melhor papel.
Então, pode-se concluir que a solução seria escolher logo uma retificadora. Porém, quando se pensa que uma máquina MIG transformadora sem gás de 130 amperes custa aproximadamente 700 reais e a sua congênere retificadora custa ao redor de 2.000 reais, acabamos concluindo que uma maquininha transformadora pode quebrar os nossos galhos perfeitamente!
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